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20/01/2022
Dia do Famacêutico
O dia do farmacêutico é comemorado em 20 de janeiro.
Essa data foi escolhida em 1941 pela
Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF).
Segundo o Conselho Federal de Farmácias (CFF), no Brasil, a escolha da data encontrou várias propostas. Mas a ideia de criar a comemoração partiu do farmacêutico Oto Serpa Grandado.
O farmacêutico apresentou essa proposta pela primeira vez em 7 de janeiro de 1941 ao participar de uma reunião na ABF. A proposta surgiu porque várias outras profissões comemoravam um dia especial e a profissão farmacêutica ainda não.
A data, 20 de janeiro, foi escolhida então para homenagear os profissionais farmacêuticos e a fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF).
Isso porque ela era a maior instituição que representava a categoria no Brasil e foi fundada em 20 de janeiro de 1916.
O reconhecimento do Conselho Federal de Farmácias - que só foi criado 19 anos depois, em 11 de novembro de 1960 - só veio em 23 de março de 2007, quando o CFF o fez através da Resolução nº 460.
Entretanto, a instituição do dia do farmacêutico só aconteceu em 25 de novembro de 2010 através da Lei nº 12.338.
Mas, além da data comemorativa, o CFF ainda reconhece alguns profissionais através da Comenda do Mérito Farmacêutico.
Esse reconhecimento, criado pela Resolução nº 323, de 16 de janeiro de 1998, distingue aqueles profissionais e autoridades que prestam serviços que se destacam na profissão farmacêutica.
Vale ressaltar que o reconhecimento com a Comenda do Mérito Farmacêutico é realizado durante as comemorações do dia do farmacêutico.
Os Padroeiros dos farmacêuticos
Como surgiu a profissão farmacêutica?
Para contar a história da farmácia no Brasil e no mundo, vamos seguir o que conta o Conselho Federal de Farmácias do Ceará. Acompanhe abaixo:
História da Farmácia no mundo
A origem das atividades farmacêuticas no mundo aconteceu no século X (entre 901 e 1.000 d.C) com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas as “farmácias” na época. A medicina e a farmácia eram, então, uma só profissão.
Fonte: Prodoctor.net
Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Pioneirismo esse que, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.
Nesse período, o boticário era responsável por conhecer e curar doenças, mas, para exercer a profissão, devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos.
Foi um grande surto de propagação da lepra que levou o Rei Luís XIV de França, entre outras iniciativas na área da saúde pública, a ampliar o número de farmácias hospitalares na França.
Mais adiante, já no século XVIII, a profissão farmacêutica separou-se da medicina e ficou proibido ao médico ser proprietário de uma botica.
Com isso, deu-se início, na antiga Roma, à separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.
Em 1777, o Rei Luiz XV determinou a substituição do nome de apotecário pelo de farmacêutico e a obtenção do diploma de farmacêutico exigia estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não seja considerado de nível universitário.
Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico se estendeu à toda a Europa.
Sendo que no século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças.
História da Farmácia no Brasil
No Brasil, o boticário surgiu no Período Colonial. Nesse tempo, os medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas.
Além disso, geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopeia e a prescrição médica.
O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo Governador-geral, Thomé de Souza (nomeado pela coroa portuguesa).
E isso só aconteceu após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso ao medicamento pela população só acontecia quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras.
Isso porque nessas esquadras sempre havia um cirurgião-barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
Com o tempo, a botica, onde o boticário pesquisava e manipulava fórmulas extemporâneas, originou dois novos tipos de estabelecimentos: a Farmácia e o Laboratório Industrial Farmacêutico.
Foi durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -1919) que teve início o desenvolvimento da antibioticoterapia e imunoterapia.
No período da 2ª Guerra Mundial (1939 -1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplásicos.
A partir daí, a industrialização se desenvolveu em ritmo crescente, aliado às mudanças da sociedade de consumo, interesses econômicos e políticos, e os elevados investimentos publicitários que atribuíam ao medicamento a solução para todos os problemas.
Assim, os fármacos se transformaram em produtos industriais.
Só então, a partir de 1950, a sociedade começou a dispor de serviços de farmácias e de qualificação do farmacêutico porque nessa época, os boticários começaram a perceber que sua função estava perdendo espaço para a Indústria Farmacêutica.
Quando surgiu a farmácia no Brasil?
Pode-se dizer que a “farmácia” propriamente dita surgiu no Brasil após a Segunda Guerra Mundial.
O que aconteceu é que durante a Segunda Revolução Industrial (que terminou na Segunda Grande Guerra) surgiram as grandes indústrias farmacêuticas.
Com elas, começou a fabricação em massa de penicilina e outros medicamentos. Isso fez com que os boticários passassem a operar como meros dispensadores de medicamentos, distanciando-os do trabalho que faziam com equipes de saúde e pacientes.
Mas, na década de 1960, um movimento dos profissionais farmacêuticos começou a questionar sua formação e atuação.
Com isso, eles passaram a pensar em como resolver os problemas que estavam detectando. Assim, surgiu a farmácia clínica.
Isso só se tornou realidade no Brasil na década de 1980, quando o movimento começou a ganhar forças dentro dos hospitais brasileiros.
Assim, surgiu a atenção farmacêutica, regulamentada pela ANVISA e preconizada pela RDC 44/09, de 17 de agosto de 2009.